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A "Idade das Trevas" e o Renascimento

  • milena-cristina1
  • 11 de nov. de 2015
  • 2 min de leitura

Com certeza você já ouviu falar da Idade Média como sendo uma época dominada culturalmente pela religião, criando uma sombra sobre as artes e as ciências, impedindo-as de florescer livremente. Essa ideia considerava a Idade Média como aIdade das Trevas. Mas você sabe o porquê deste período da História ter sido denominado assim? A palavra média indica algo que está em uma posição intermediária. Para os pensadores do século XVIII, conhecidos como iluministas, esse período da história se localizava entre a Antiguidade Clássica, encerrada com a conquista de Roma pelos hérulos, em 476, e a Idade Moderna, da qual eles faziam parte, iniciada com a conquista da cidade de Constantinopla pelos turcos-otomanos, em 1453.

Durante o Renascimento, convencionou-se chamar a Idade Média de Idade das Trevas pelo fato de os renascentistas se colocarem como herdeiros do pensamento e da ciência desenvolvidos por gregos e romanos, fazendo renascer a cultura da Antiguidade. Para os renascentistas, durante a Idade Média, as artes e as ciências, se comparadas à Antiguidade, haviam declinado. A responsabilidade disso seria em boa parte da Igreja Católica, que dominou política, econômica e culturalmente a Europa no período. A dominação religiosa teria impedido o desenvolvimento da razão, criando uma era de atraso e primitivismo.

Para os iluminados do Renascimento, a Idade Média era o tempo da escuridão, das sombras, era a Idade das Trevas.

E o Renascimento ?

O Renascimento foi um importante movimento de ordem artística, cultural e científica que se deflagrou na passagem da Idade Média para a Moderna. Em um quadro de sensíveis transformações que não mais correspondiam ao conjunto de valores apregoados pelo pensamento medieval, o renascimento apresentou um novo conjunto de temas e interesses aos meios científicos e culturais de sua época. Ao contrário do que possa parecer, o renascimento não pode ser visto como uma radical ruptura com o mundo medieval. A razão, de acordo com o pensamento da renascença, era uma manifestação do espírito humano que colocava o indivíduo mais próximo de Deus. Ao exercer sua capacidade de questionar o mundo, o homem simplesmente dava razão a um dom concedido por Deus (neoplatonismo). Outro aspecto fundamental das obras renascentistas era o privilégio dado às ações humanas, ou humanismo. Tal característica representava-se na reprodução de situações do cotidiano e na rigorosa reprodução dos traços e formas humanas (naturalismo). Esse aspecto humanista inspirava-se em outro ponto-chave do Renascimento: o elogio às concepções artísticas da Antiguidade Clássica ou Classicismo.


 
 
 

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